Pagamentos a médicos e farmácias

Um dos objetivos da sociedade era socorrer os sócios com dificuldades financeiras, nos momentos difíceis da vida, principalmente nas doenças, assistindo-os com visitas, com médicos, com medicamentos e com enterros. Eis algumas transcrições:

* Dia 20 de dezembro de 1888 foram pagas contas de visitas médicas aos sócios Nicola Petti (21.000 réis) e a Trocolli (14.000 réis). O remédio comprado em Casa Branca ficou em 6.000 réis.

* Dia 5 de fevereiro de 1889, o sócio Giuseppe de Giuseppe, muito doente, propõe que se envie uma carta à sociedade italiana casa-branquense, para que lhe consiga uma vaga na Santa Casa de Misericórdia daquela cidade. No mesmo dia, pagou-se uma conta de remédios entregues a Nicola Petti.

* Em 5 de abril de 1889, saldaram-se contas de farmácias: 27.000 réis de Giuseppe Scarano, 19.000 réis de Pasquale Urgo; e a visita feita pelo Dr. Guilherme Tell a Scarano.

* Dia 4 de dezembro de 1889, a sociedade destinou uma diária de 1$500 ao sócio Giuseppe Giglio, sem condições de se tratar. Dia 9, ele recusou a diária "porque sabia que a sociedade estava sem fundos".

* "Dia 9 de setembro de 1900, apresentou-se à sociedade o cidadão italiano Francesco Pisatto com um ofício do Dr. Jordano da Costa Machado, seu patrão, declarando que o mesmo se encontrava doente, com reumatismo no braço e, não podendo curá-lo na fazenda, o endereçava à Sociedade. O Conselho deliberou, segundo o Artigo 10 do Estatuto, enviá-lo ao médico, dispendendo 1.000 réis por dia (...)". Na ata de 20 de janeiro de 1891, consta: "(...) Pagou-se a Celeste Bassottino 9.000 réis pelo sustento dado ao colono que veio do Costa Machado".

Médicos citados nas atas do 1º livro da "Società", nos oito anos de reuniões (1887-1895):

Doutores Alfredo de Castro, Geraldino Campista, Gonçalo Rabelo Leite, Guilherme Tell, João da Rocha Azevedo, Joaquim Rodrigues de Carvalho, Lacordaire Duarte, Pedro Agapio de Aquino e Pereira de Castro.

Farmácias citadas: Azevedo, Central, Popular.

A epidemia de varíola, surgida em 1889, que matou muitos brasileiros e italianos em São José, e que incentivou as autoridades a construir o Lazareto, um hospital isolamento, nos altos inabitados da cidade, na estrada de Casa Branca (hoje, próximo ao Hospital São Vicente), assustou a população, que abandonou a cidade. Em 1891, a cidade foi considerada "limpa".

Na ata da "Società", de 10 de junho de 1891, uma festa de homenagem foi organizada: "Foi deliberado pelo Conselho a compra de 10 dúzias de foguetes e mais as despesas da banda, para uma reunião extraordinária em homenagem ao delegado de polícia, Felicíssimo do Rego Barros, pelo seu trabalho infatigável prestado durante a epidemia existente na cidade". Na ata seguinte, 20 de junho, apresentaram-se as despesas da festa: 127$000.

Dias depois, em 8 de julho de 1891, a ata registra o agradecimento do médico Dr. João da Rocha Azevedo pelos serviços filantrópicos prestados pela sociedade. Logo abaixo, um novo pedido de socorro feito pelo sócio Giuseppe Giglio, com três filhos atacados pela varíola. "A Sociedade deliberou socorrê-lo com 100$000 réis e nomeou uma comissão para verificação".

 


Família Salvador Artese.

 

Família Bertocco. Sentados e crianças: Zilda Rondinelli com fita branca nos cabelos, Carolina B. Rondinelli com Zuré ao colo, Zaira B. Ribeiro de Souza. Na sua frente, sentadas, as meninas Zilah e Zélia Rondinelli, Albina Carraro Bertocco (a mãe, de preto), a menina Luísa Bertocco (Zinoca Lauria), César Bertocco (o pai), segurando Marcelo, Itália B. Motta tendo ao colo a filha Zulmira, Antônio Bertocco e Mário Bertocco (sentado). Atrás, em pé: Pedro Rondinelli (Nhonhô), Manoel Ribeiro de Souza, Teresa Bertocco Bianchin, Luiz Bianchin, Maria Bertocco (Beraldi), Mercedes B. Scali, Augusto Motta tendo ao colo a filha Lucila e José Bertocco.

 

 

 

1930. Família Raddi. No centro, os pais: Ana Lúcia Darcie Raddi e Antonio Raddi. Na frente, os meninos: Mário, Raul, Adone. Atrás, em pé: Ferrúcio, Clarinda, Alina (Ina), Guido, Aléria, Dinela e Esther.

 

 

Enterros de sócios e de seus familiares, de brasileiros sócios-honorários e contribuintes eram sempre acompanhados de pompa, com o colorido das bandeiras, faixas, dísticos e, não raro, a banda.

* Dia 9 de dezembro de 1888. Leonardo Define, presidente, leu uma carta do Sr. José Marçal Nogueira de Barros, informando a morte de (...), sócio benemérito da entidade, e convidando seus membros para o enterro. O Conselho verificou que o morto não cumpriu o Art. 12, decidindo não aceitar o convite e nem autorizar seus sócios a acompanhar o enterro com símbolos da sociedade".

* Na ata de 17 de janeiro de 1891, "o presidente propõe que a sociedade incorporada, com a bandeira em luto, e todos os sócios, com seus distintivos e com a banda, acompanhem até a sua última morada a esposa do Dr. Guilherme Tell, médico da sociedade".

* 10 de outubro de 1891. Domenico Ceravolo convoca "a sociedade incorporada para assistir às cerimônias fúnebres do Ten. Cel. Antônio Marçal Nogueira de Barros, com uma coroa que deverá ser depositada no túmulo. Amanhã, às 8, todos os sócios deverão se reunir na sala com seus distintivos e bandeiras".

* Abril de 1895. "(...) os sócios incorporados deverão acompanhar o enterro do sócio Carlo Trento".

* 28 de setembro de 1895. "Os sócios deverão acompanhar até a última morada o pobre pai do sócio Luigi Guerra".

 


O Casal Albina Carraro Bertocco e Cesare Bertocco

 

 

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