Italianos compram terras O jornal O Rio Pardo, surgido em 1899, em abril, publicou o lançamento do imposto sobre o café. Constavam da relação os 107 fazendeiros do município, diante dos nomes das suas fazendas, das arrobas de café colhidas e o valor do imposto. Ex.: "Dr. José da Costa Machado / Fazenda Villa Costina / 30.000 / 1:200$000. Todos eram brasileiros". O mesmo jornal, em 1907-1908, mostrava, através dos impostos publicados, uma alteração na propriedade da terra: alguns italianos tornaram-se proprietários: Antonio Farfogli, da Fazenda Garirova (ou Gabiroba), com 3.000 pés de café; Domingos Delatorre, Fazenda Rio do Peixe, 3.000 pés; Domingos Giudice, fazenda não citada, 4.000 pés; Felicio Maria Calvitti, Fazenda Rio Pardo, 25.000 pés; Francisco Braggi Puglia, Fazenda S. Antônio, 12.000 pés; Irmãos Angerami & Cia, Fazenda Rio do Peixe, 100.000 pés; Lando Argentieri, Fazenda S. Antônio, 90.000 pés; Miguel Marchi & Cia., Fazenda Guaxupé, 60.000 pés; Paschoal Dessimoni, sem nome da fazenda, 5.000 pés; Serafim Jacomo (Jacomo Serafim), fazenda não identificada, 5.000 pés e Pedro Bertaglia, 5.000 pés de café. Nestes 100 anos, as fazendas foram retalhadas, nascendo um minifúndio rio-pardense, gerando riquezas para o município. Das 107 fazendas de 1899, temos, hoje (ano de 1999), 957 propriedades rurais, cujos donos são, na sua maioria, descendentes de italianos.
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