Fasci Italiani del’ Estero, na Itália,
no Brasil e em São José do Rio Pardo

A Sede do Partido Facista  e o Fascio Feminino de São José

O "Progetto per la Sede del Partito Nazionale Fascista – Sezione de São José do Rio Pardo" foi assinado pelo engenheiro Luigi Munaro: um prédio suntuoso. A aprovação pelos sócios foi unânime.

 


A planta do prédio assinada pelo engenheiro Luigi Munaro.

 

Demoliu-se a segunda sede. A pedra fundamental do novo edifício foi lançada em 15 de janeiro de 1928, com grande público: autoridades civis, militares, eclesiásticas, italianos fascistas e não-fascistas e suas famílias, imigrantes de outras nacionalidades e brasileiros...

 


15 de janeiro de 1928. Solenidade de lançamento da pedra fundamental do Fascio, hoje Centro Cultural Ítalo-Brasileiro, na esquina da Treze de Maio com Marechal Floriano.

 

Dezesseis meses depois, em 26 de maio de 1929, com muita pompa e com as presenças do cônsul da Italia em São Paulo, Sr. Serafino Mazzolini, o bispo de Ribeirão Preto, D. Alberto Gonçalves, autoridades, convidados e povo, a nova, "magnífica e suntuosa" sede, que é o mesmo prédio atual, foi inaugurada.

 


O prédio do Fascio

 

O jornal Correio Paulistano, da capital paulista, registrou o acontecimento com foto do prédio e elegante texto, do qual, transcrevo alguns trechos:

 

"Admirável o progresso do interior de São Paulo (...) .

O nosso clichê oferece aos nossos leitores um aspecto de uma das nossas mais belas e adiantadas cidades: São José do Rio Pardo, chamada, também, "Berço d’ "Os Sertões".

O que se vê aí – o edifício do "Fascio Italiano", inaugurado recentemente pelo cônsul da Itália em São Paulo, Sr. Serafino Mazzolini. A bênção da imponente casa que os progressistas italianos de São José do Rio Pardo mandaram construir, embelezando a cidade que os hospeda, foi celebrada por D. Alberto Gonçalves, bispo de Ribeirão Preto.

O presidente do "Fascio" rio-pardense é o Dr. Adolpho Bacci, médico e fazendeiro, velho amigo do Brasil e dos brasileiros".

 

 

 

1916. Com quatro anos de Brasil, Dr. Adolfo Bacci voltou à Itália em viagem de recreio, com a esposa Maria Dini Bacci. Dr. Bacci morreu em Campinas em 1955 e está sepultado em nossa cidade.

 

 

A inauguração movimentou a cidade, com centenas de visitantes de clubes fascistas de outras cidades. O cortejo, com bandeiras e acompanhado das bandas, percorreu as ruas artisticamente decoradas com bandeiras brasileiras e italianas. O ato inaugural reuniu centenas de pessoas no salão nobre do "Fascio". Ao entardecer, um requintado banquete realizou-se no Hotel Brasil e, às 21 horas, o grande baile de gala.

 


26 de maio de 1929. A grande festa de inauguração do prédio do Fascio, com presença de muitos representantes de seções fascistas da região e de ilustres autoridades brasileiras e italianas.

 


O banquete no Hotel Brasil, no dia da inauguração da sede: 26 de maio de 1929. Observe quantos de camisas pretas, inclusive o Dr. Bacci, no centro, segurando um papel branco.

 

Meses depois, foi criado o Fascio Feminino, com senhoras e senhoritas atuantes, que organizavam as festas sociais, recitais, palestras...

 


As sócias do "Fascio Feminino", depois de uma reunião. Da esquerda para a direita. 1ª fila: n.i., Marieta Casagrande, com crucifixo no peito; Aparecida Perrella, Íside Parisi, Aurora Artese (filha de Salvador) e as demais não identificadas. No degrau: a primeira não está identificada; Olga Cogato Cerávolo; Virgínia Cerávolo, encostada no batente da porta; Antonieta Parisi; Raquel Meringolo (de branco); Carina Paroneto Rachid; Amélia Cerávolo; Amélia Paroneto Bello (com o braço levantado) e Olga Piovesan (mais alta).

 

 

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