A chegada dos italianos no Brasil
e em São José do Rio Pardo

 


Vista de São José do Rio Pardo no final do século 19

 

 

1901. De um livro italiano: "Fazenda di caffè nel Municipio di S. José do Rio Pardo – Piantagioni, case coloniche e terreiros da seccare il caffè."

 

No Brasil, desenvolvia-se a economia cafeeira. Quando, em 1850, foi proibido o tráfico de escravos, surgiram problemas com a falta de mão-de-obra. A produção cafeeira aumentava e se expandia pelo interior. As cidades cresciam, com fábricas, bancos, estradas de ferro...

Já, em 1847, desembarcaram os primeiros imigrantes alemães e suíços, que foram trabalhar na região de Limeira. Chegavam, também, portugueses, espanhóis, italianos.

Em 1874, 20.000 imigrantes desembarcaram no Brasil, e, em 1888, mais de 200.000 italianos juntaram-se às centenas aos que aqui já estavam.

Não existem dados concretos da chegada dos italianos a nossa região. Em São José do Rio Pardo, eles já estavam, certamente, no final dos anos 70 do século passado, pois o livro de batismo da Matriz registra, em 8 de outubro de 1881, o primeiro nascimento de um filho de imigrantes italianos: Giacomo, filho de Leonardo Define e Antonia Damasco.

O primeiro casamento de italianos em São José só aconteceu em 16 de abril de 1887. Casou-se Thomaz Maria Potenço com Domingas Labasca, "ambos súditos italianos, naturais de Monte Murro". Ele, filho de Domingos Potenço e Camilla Mangini; ela, de Vicente Labasca e Hortença Rinaldi. Os padrinhos foram Vicente Define e Antônio Cândido Ribeiro.

Quatro meses depois, em 6 de agosto de 1887, um italiano de Massa Carrara casava-se com uma brasileira de Lorena, Anna Maria da Conceição. Testemunharam o sacramento: Dr. Antônio Cândido Rodrigues e Atílio Colli.

Também era da família Define o primeiro óbito de italiano, ocorrido em 23 de agosto de 1887: Domingos Define, casado com Maria Rosa.

A mortalidade infantil em 1888, indiscriminada, atingindo dezenas e dezenas de filhos de italianos e de brasileiros, era assustadora. Os registros de óbito assinalam os patrões dos pais.

Os sobrenomes italianos nos livros de registros da Matriz, com grafias incorretas, num crescendo, apareceram a partir de 1885.

 


1946

No campo de cebolas no Sítio Novo. Famílias Merli e Gagliardo. Na frente, o menino Antônio Merli (Toninho). Grupo à esquerda, em pé: Ernestina Minussi Merli (com chapéu e avental) e Margarida Gagliardo (segurando cebolas). Sentados: Deolinda Gagliardo, Assunta Merli (no meio) e Natal Gagliardo. Sentados à direita: Emílio Gagliardo (de chapéu), Pedro Gagliardo (no meio) e João Gagliardo.

 

 

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