Livro 2 (1938 a 1988) É um livro de capa preta, com 100 folhas numeradas e rubricadas pelo então presidente do Fasci Italiani del’Estero, Sr. Pedro Perrella. Há um termo de abertura lavrado pelo Sr. Foca Consolo e assinado pelo presidente, com data de 8 de outubro de 1938. A primeira ata, redigida em português, é da mesma data anterior, e registra a reunião da assembléia extraordinária para modificação dos estatutos, "em cumprimento ao que determina o Decreto Federal sobre as Associações Estrangeiras" e a mudança do nome da sociedade, passando de "Fasci Italiani dal’Estero", fundado em 11 de agosto de 1927, para "Casa d’Italia". Foi eleita a nova diretoria: Dr. Adolpho Bacci, presidente; Francisco Parisi, vice-presidente; Domingos Bello, secretário administrativo; Aldo Puccetti, conselheiro adido à subsistência da sociedade; José Braghetta, conselheiro adido à seção esportiva; e Jacynto Parisi, Foca Consolo e Angelo Luiz Bianchin, conselheiros fiscais. Esta ata foi secretariada pelo Sr. Foca Consolo. Assinaram-na, além dos membros dos dois conselhos, os senhores: Pedro Perrella, Silvio Simoni, José Capello, Isidoro Cagnoni, Guilherme Dini, Francisco Bortot, Annibal Possebon, Raphael Cautela, José Liberali, Luiz Greco, Antonio Cerboni, Pedro Maringolo, J. G. Pasquale, Luigi Casagrande, Luiz Martini, Antonio Raddi, Modesto Favero, Oreste Attanasio, Enrique Dini e João Sernaglia.
Família Bianchin. 1925. Da esquerda para a direita: Dinah (Bertero), Dinella (Martins), Dirce (Calux), Diva, Thereza Bertocco Bianchin (a mãe), Angelo Luigi Bianchin (o pai) e Cesare. Depois da foto nasceram Guilherme e Alfeu.
Família Maringolo. Da esquerda para a direita: Paquito, Rosa, Dalila, Mário (atrás), Roque segurando Míriam Maringolo Ribeiro Silva, Lavínia (atrás), Pietro Maringolo e Maria Dessimoni Maringolo.
Dia 28 de outubro de 1938 a 27 de dezembro de 1941, o livro registra oito reuniões, redigidas em italiano, sem assinaturas do secretário. O comparecimento nessas assembléias ordinárias e extraordinárias varia de 14 a 19 membros. Foram aprovados balancetes, contratos, reajustes de aluguéis, arrendamento do cinema (em 17/ 8/ 1939, para a firma F. Consolo & Landini), e "homenagens ao augusto soberano Rei da Itália e Imperador da Abissínia, Vittorio Emanuele III e homenagens ao amado ‘Duce’, Benito Mussolini, que lutam por uma Italia mais bela e mais forte e por um mundo melhor. (...)". De 1941 a 1950, a sociedade italiana manteve-se inativa. (N. do A .: O Brasil entrou na 2ª Guerra Mundial, em agosto de 1942, reforçando as forças aliadas. As línguas estrangeiras dos países do Eixo, faladas no Brasil, foram proibidas nas escolas, em atas, etc., como proibidos foram os símbolos, dísticos, bandeiras, logotipos, reuniões, manifestações... Foram confiscados bens e as sedes das sociedades estrangeiras).
Família Cerboni. Da esquerda para a direita: Antônio Cerboni (Totó), Mariana Cotrin Cerboni, Vicente Cerboni, Teresa Cerboni Bagodi, Caterina Roberto Cerboni e Anielo Cerboni (os pais), e Maria Cerboni Kraus.
A 13 de julho de 1950, reiniciaram-se as atividades da Casa d’Italia, com uma assembléia extraordinária. Elegeram-se novos diretores, incumbidos de obterem um alvará para a reabertura da sociedade italiana, amparados no acordo de 8 de outubro de 1949, entre os governos brasileiro e italiano, que permitia, também, a liberação dos bens das sociedades estrangeiras. Foram eleitos: Dr. Adolpho Bacci, presidente; Pedro Perrella, vice-presidente; Angelo Luiz Bianchin, secretário-administrativo; Guilherme Dini, conselheiro adido à subsistência da sociedade; José Braghetta, conselheiro da seção artística e esportiva; e os conselheiros fiscais: Antonio Cerboni, Foca Consolo e Silvio Simoni. A partir de 13 de julho de 1950, as atas foram todas redigidas em português e secretariadas, até 1962, pelo Sr. José Braghetta. Em 26 de maio de 1951, a sociedade resolveu vender os imóveis pertencentes à sociedade, para "melhor aplicação do capital (...)". Resolveu publicar em Gazeta a "proposta de venda de todos os imóveis conjuntamente, ou mesmo isoladamente de cada um: prédio da esquina, o Colombo e um terreno ao lado deste.(...)". Na reunião do dia 14 de julho de 1951, "foram abertas duas propostas devidamente lacradas, como resultado do anuncio na Gazeta do Rio Pardo. Uma, dos Irmãos Tiezzi, interessados no terreno, oferecendo por ele Cr$ 55.000,00. A segunda proposta, feita pelo Sr. Francisco Consolo, referia-se ao arrendamento do Cine Colombo, por dez anos, com aluguel mensal de Cr$ 10.000,00. As propostas foram rejeitadas. (...) Em seguida, foi posto em discussão o motivo da demissão coletiva da Diretoria e do Conselho Fiscal, ficando convocada nova assembléia para o dia 16 deste mês de julho, com o fim de serem eleitos os novos dirigentes. (...)". Assinaram a ata onze sócios. Na reunião de 16 de julho de 1951, a sociedade resolveu alugar somente o Cine Teatro Colombo, adiar a eleição da nova diretoria, reajustar aluguéis e fazer reparos nos prédios...
Família Pietro Fornari. Da esquerda para a direita: Pietro, Magdalena Petrucci Fornari, Ernestina Curi Fornari, Clélia Fornari Mazzarelli e Leone Mazzarelli.
Em 30 de agosto de 1951, "no salão nobre do prédio próprio, gentilmente cedido pelo respectivo locatário, assumiu a presidência da "Casa d’Italia", por aclamação, o Sr. Giuseppe Antonio de Rosa, preenchendo a vaga deixada pelo pedido de demissão do Dr. Adolpho Bacci, que estava residindo em Campinas, com problemas de saúde. O ex-presidente foi homenageado, recebendo o título de Presidente Honorário. Na pauta dessa sessão, o acalorado caso do despejo do inquilino do Cine Colombo, cujo desfecho se deu um ano depois. 30 de novembro de 1951. Foi aprovado o envio de Cr$ 15.000,00 para a região do Pó, na Itália, por motivo da terrível inundação, que causou enorme tragédia. Em 1952 realizam-se oito reuniões. Em 1953 também oito, sendo numa delas discutido o arrendamento do Cine Teatro Colombo. Em 1954, apenas três reuniões, sendo a de 5 de maio dedicada à transferência do contrato da Sociedade Riopardense Cinematográfica Ltda. para a Cia. de Cinemas Vale do Paraíba S.A. Em 1955, realizaram-se três reuniões, sendo solene a de 29 de abril, quando se prestaram homenagens póstumas ao Dr. Adolpho Bacci e a Isidoro Cagnoni. Em 1956, uma; em 1958, duas; três em 1959 e uma em 1961. Em 17 de dezembro de 1962, no prédio da Rádio Difusora, realizou-se uma assembléia geral extraordinária, para discussão da eleição da nova diretoria e aprovação de nova denominação da sociedade: "Centro Cultural Ítalo-Brasileiro", como, também, a aprovação dos novos estatutos, que ressalta, no Artigo 30, seus objetivos. Foi eleito presidente o Sr. Hermenegildo Landini e vice-presidente Oswaldo Castaldi. Esta foi a última reunião secretariada pelo Sr. José Braghetta. Depois de mais uma reunião em 7 de março de 1964, a sociedade ficou inativa até 27 de dezembro de 1969, quando se realizou outra assembléia. Essas duas atas foram redigidas pelo Sr. Luiz Roberto Christiani. Uma reunião realizou-se em 20 de maio de 1970 e duas em 1971. Em 15 de março de 1975, com a renúncia de Hermenegildo Landini, por questões de saúde, foram empossados os senhores: Giuseppe Antonio de Rosa, presidente; Júlio Possebon, tesoureiro e Natal Spagnuolo, secretário, depois de uma eleição provisória.
Na reunião de 9 de junho de 1975 foram apresentadas e aprovadas propostas de sócios de 54 interessados. Em 30 de junho de 1975, foram eleitos os componentes do Conselho Deliberativo e suplentes. Dia 2 de julho de 1975, o Conselho Deliberativo elegeu Márcio José Lauria, seu presidente; e os membros da Diretoria Executiva: José Antonio de Rosa, presidente; Jeremias Polachini, vice-presidente; José Paulo Vigorito, Roque Ventura e Luiz do Carmo Scali, membros do Conselho Fiscal. Osmar Frigo, Ruy Andreoli e Amadeu Capelo, suplentes. 1929. Antonio de Rosa (sentado à direita) servindo o exército em Siracusa.
Fora os itens citados, as assembléias ordinárias e extraordinárias relevaram locações, cópias de contratos e prorrogações dos mesmos, pequenos consertos, doações e auxílios, homenagens póstumas, reformas do cinema e concessão do bar... Em 21 de julho de 1975, o presidente declarou o nome dos demais membros da Diretoria: Oswaldo Castaldi, 1º secretário; Dr. Richard Celso Amato, 2º secretário; Natal Spagnuolo, tesoureiro; e Felipe Greco, 2º tesoureiro. O presidente informou que o novo regimento da entidade será revisto pelo Dr. Nunes. Deliberou-se transformar depósitos em conta corrente e manter os donativos aos pobres até 31 de dezembro de 1975. Dia 25 de agosto de 1975, aprovou-se o pagamento de um salário ao secretário, no valor de Cr$ 200,00. Outras reuniões realizaram-se em 2 de dezembro de 1975, 24 de maio de 1976 e 3 de março de 1977. Em 21 de novembro de 1977, o vice, Jeremias Polachini, assumiu a presidência por um mês, até 31 de dezembro. Na sessão, um voto de pesar pelo falecimento do presidente. Giuseppe Antonio de Rosa. Em 19 de dezembro de 1977, Natal Bortot foi eleito presidente da Diretoria, em assembléia geral do Conselho Deliberativo. Em 3 de janeiro de 1978, tomou posse a nova diretoria: Natal Bortot, presidente; Rodolpho José Del Guerra, vice-presidente; Vinício Spessotto, 1º tesoureiro; Eddie Cavalli, 2º tesoureiro; Oswaldo Castaldi, 1º secretário; Richard Celso Amato, 2º secretário e João Batista Franchiosi, técnico de contabilidade. Dia 5 de novembro de 1978, foi apresentado um logotipo para a sociedade e discutiu-se a reforma do Cine Colombo. Houve outra reunião em 13 de dezembro de 1979, quando o Conselho elegeu Jeremias Polachini, presidente e Waldemar Poggio, vice-presidente da Diretoria . Em 7 de janeiro de 1980, foi empossada a nova diretoria: presidente, Jeremias Polachini; vice-presidente, Waldemar Poggio; 1º tesoureiro, Mário Maringolo; 2º tesoureiro, Nélson Pereto; 1º secretário, Francisco José Parisi Braghetta; 2º secretário, Antônio Montanheiro. Na ata de 13 de janeiro de 1980, constou uma relação de nomes convidados para sócios. Pela primeira vez, mulheres foram admitidas como membros da sociedade. Novos nomes também foram sugeridos na ata de 17 de março de 1980. Em 5 de junho de 1980, discutiu-se a transferência de locação do "Cine Itália". Exigências: que a curto prazo sejam feitas reformas para a volta das características arquitetônicas originais e que volte o nome de "Cine Teatro Colombo". Em 28 de julho de 1980, a reunião se realizou na Biblioteca da Associação de Ensino. A tônica foi a próxima visita do Cônsul Geral do Governo Italiano em São Paulo, Sr. Marcello D’Alessandro, acompanhado da senhora e do filho, convidados do CCIB. A recepção festiva ao cônsul está registrada na ata de 10 de agosto de 1980, quando o CCIB solicitou do consulado um professor de italiano, um de música para a Guarda Mirim e a vinda a São José de artistas italianos.
10 de agosto de 1980. A visita ao CCIB do Cônsul Marcelo D’ Alessandro, acompanhado da mulher e do filho. Jantar na casa do Dr. Marcelo Maringolo.
11 de janeiro de 1982. Reunião do Conselho Deliberativo. Eleitos por aclamação: Jeremias Polachini, presidente, e Natal Bortot, vice-presidente, para a Diretoria Executiva. 31 de janeiro de 1983. Ata do Conselho Deliberativo. Discutida a venda do imóvel da sociedade, à Rua Marechal Floriano, 294, apartamento 1. Decidiu-se pela venda. Em reunião de 7 de fevereiro, aprovou-se a venda. A reunião do Conselho Deliberativo (C.D.) de 16 de junho de 1983 foi realizada à Rua Campos Salles, 530 (o prédio da sociedade estava em reforma). Discutiu-se a renovação do contrato do Cine Colombo. 27 de dezembro de 1983. O C.D. elegeu por aclamação e deu posse ao presidente da Diretoria Executiva, Sr. Jeremias Polachini, e ao vice, Natal Bortot, para o biênio 84/85, que apresentaram a nova diretoria: Antônio Montanheiro, 1º secretário; Ramiro Frozoni, 2º secretário; Mário Maringolo, 1º tesoureiro e Nélson Pereto, 2º tesoureiro. A reunião do C.D. de 28 de março de 1984 realizou-se na sede da Guarda Mirim (na Velha Prefeitura) e elegeu o C.D. para o quadriênio 84/87: Alcino Pizani, Antônio Longo, Antônio Montanheiro, Domenico Artuso, Jeremias Polachini, Marcelo Maringolo, Márcio José Lauria, Mário Maringolo, Natal Bortot, Nélson Pereto, Oswaldo Castaldi, Ramiro Frozoni e 12 suplentes. Em 4 de abril de 1984, reunião do C.D. Foi reeleito presidente do Conselho, por aclamação, o Prof. Márcio José Lauria. Por motivo de seis membros titulares do C.D. ocuparem cargos na Diretoria Executiva, foram convocados os seguintes suplentes: Antônio de Paiva, Francisco José Parisi Braghetta, Rodolpho José Del Guerra, Luiz Gravinez, Everaldo Bergonzoni e Domingos Possebon para assumirem as vagas dos titulares. Por aclamação foi eleito o Conselho Fiscal: Luiz do Carmo Scali, Geraldo Gravinez e Luiz Cerboni. Suplentes: Rubens Faria, João Frigo e Dirceu Possebon. Eleitos e empossados. Reuniu-se o C.D. em 7 de junho de 1984 e aprovou a reforma do Cine Colombo, com a ajuda da Prefeitura e da Empresa de Cinemas. O "Cine Itália" voltou com a denominação original: "Cine Teatro Colombo".
Família Ramacciotti. Da esquerda para a direita. Em pé: Paschoal Artese, Sr. Dal Bello e João Piovesan. Na frente: esposa de Dal Bello, menino Mário Ramacciotti, o velho Ramacciotti, Sizira Ramacciotti Piovesan com a filha Idalina Piovesan ao colo. Crianças sentadas na frente: Filomena Artese e Luiz Piovesan.
Em 26 de dezembro de 1985, o C.D. reelegeu e deu posse a Jeremias Polachini e a Natal Bortot, respectivamente, presidente e vice-presidente da Diretoria Executiva, para o biênio 86/87. Ocuparam os outros cargos da Diretoria: Antônio de Paiva, 1º secretário; Ramiro Frozoni, 2º secretário; Antônio Montanheiro, 1º tesoureiro; e Nélson Pereto, 2º tesoureiro. Dia 8 de janeiro de 1988, a nova Diretoria Executiva, eleita e empossada na reunião do Conselho de 30 de dezembro de 1887, tomou posse: Francisco José Parisi Braghetta, presidente; Antônio Parreiras Menechino, vice-presidente; Carmen Cecília Trovato Maschietto, 1ª secretária; Rodolpho José Del Guerra, 2º secretário; Antônio Montanheiro, 1º tesoureiro; Domenico Artuso, 2º tesoureiro. Foi lido o estatuto provisório da entidade. Insistiu-se no aumento do quadro social e foi elaborada uma relação de pessoas a serem convidadas para sócias. Seria convocada a Assembléia Geral para eleição do novo Conselho Deliberativo (C. D.). Em 8 de abril de 1988, Márcio José Lauria foi reeleito como presidente do C.D. e os mesmos membros do Conselho, citados na ata de 28/3/84, foram reeleitos, com alguns novos nomes: Célio Moreira Ribeiro, Eduardo Dias Roxo Nobre e Lupércio Torres. Quatro suplentes: Domingos Possebon, Luiz Gravinez, Mário João e Odair Marcondes substituíram Antônio Montanheiro, Domenico Artuso, Francisco José Parisi Braghetta e Rodolpho José Del Guerra, que foram desligados por pertencerem à Diretoria Executiva. Na mesma data, 8/ 4/ 88, na reunião da Diretoria Executiva, o Curso de Italiano no CCIB foi citado e na reunião de 24 de abril, reuniu-se a Assembléia Geral para estudar o anteprojeto do novo estatuto do CCIB, de autoria do Prof. Márcio José Lauria. Substituíram-se e alteraram-se os Artigos 10, 14, 15 e 35. Foi transcrito em ata o novo estatuto.
. Da esquerda para a direita: Egídio, Carolina (Carola), Luiza Bertocco Longo (a mãe) segurando Antônio (Toninho), Rosina (Marim), estando o menino Otávio, de gola branca, na sua frente, Vicente e Guilherme.
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