Ouro e preciosidades A leitura das atas da "Società" me fez imaginar uma entidade com fundos de reserva sólidos, pelo montante gasto com doenças, médicos, doações, auxílios a sócios e às suas famílias em dificuldades, num período de crises, de colonos explorados com salários pequenos e injustos, de epidemias... Com tantos problemas para uma sociedade de socorro mútuo era estranho o gasto com caros objetos usados nas reuniões, nos cortejos, nas homenagens e nas lapelas dos diretores e de muitos sócios. Observe um trecho da ata de 12 de agosto de 1887: " (...) Foram entregues quatro faixas tricolores, sendo três com franjas de ouro, sendo uma para o 1º porta-bandeira, uma estrela de ouro ao presidente, duas estrelas de ouro, em forma de alfinete ao vice-presidente e ao tesoureiro, duas palmas de prata aos secretários; onze faixas tricolores para braço aos conselheiros, 20 estrelas de metal branco aos vigilantes, dez distintivos de metal colorido ao diretor da Vigilância, sendo quatro com as cores ítalo-brasileiras; 35 estrelas aos sócios e a bandeira da sociedade, com lança de prata, ao secretário. (...)" Ata de 16 de agosto de 1889: "Decidiu-se mandar cunhar medalhas para distribuir aos sócios honorários beneméritos: 6 de ouro, com 15 a 20 gramas cada uma, e 20 de prata, todas com a seguinte inscrição: de um lado: ‘Sa Mo Soccorso 20 Settembre’, com as duas mãos se cumprimentando; do outro lado: ‘S. José do Rio Pardo. Brasile’."
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