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Coluna
Semanal "L’ "Officina elettrica" di São José do Rio Pardo " A professora Maria de Lourdes Feijão Zamarian, residente em Mococa, dedicada pesquisadora, que está resgatando a memória dos imigrantes italianos daquela cidade, sempre envia-me preciosos documentos e fotografias que não temos nos nossos arquivos, enriquecendo nosso acervo. Os rio-pardenses somos-lhe eternamente gratos. Eis um dos artigos por ela enviados: (Texto traduzido e transcrito da Coletânea do jornal Fanfulla, de 1906)
"Essa é de propriedade de uma Companhia, gerenciada pelo senhor Vicente Dias, importante proprietário agrícola da cidade de São José do Rio Pardo (Estado de São Paulo), homem ativo e inteligente.
"
Na parte técnica é diretor o senhor Angelo Picioli, florentino, eletricista de valor.
"A oficina, que fornece a iluminação a S. José do Rio Pardo, foi inaugurada em 1897, mas não respondendo às necessidades daquela cidade, precisou de reforma e ampliação, trabalho conduzido e terminado pelo Picioli, que em 1901 não tinha assumido a direção, ganhando logo a benevolência e a confiança dos proprietários. "O maquinário, na primeira instalação, consistia de um dínamo de 20 KVA, no qual se juntou um outro mais possante de 40 KVA: de maneira que, hoje, a energia é de 60 KVA. A força motriz é fornecida por uma duplex americana, Leffel, de 30 pol., colocada abaixo de uma queda d’água de 8 metros e põe em ação dois alternadores, desenvolvendo uma força d’água máxima de 75 HP."Mesmo assim, dado ao contínuo crescimento de São José do Rio Pardo, a atual instalação torna-se insuficiente, o que leva a Companhia a realizar novos implantes, tendo já aprovado os estudos e o projeto do competente Angelo Picioli. "Segundo tal projeto, será utilizada a água do Rio Fartura, que já alimenta a turbina, para obter uma força de 200 cavalos. "É de se desejar que os novos e louváveis intentos do Sr. Vicente Dias, coadjuvado pelo trabalho inteligente do Picioli, venham coroados dos melhores sucessos. "Ficará assim demonstrada a inteligente operosidade dos nossos conterrâneos, os quais, é bom repetir, contribuem, não pouco, para o progresso do país que os hospeda". |