Leitura corrente

 

 

O mundo está cada vez mais longe de conseguir um clima de paz, de tranquilidade, de confiança no futuro.

Se os países, como um todo, têm problemas de difícil quando não impossível solução, o que se dizer então de nosso pobre Brasil, que a cada dia dá a todos nós a nítida impressão de  que mais se aproxima de inevitável abismo?

Tomemos como exemplo a segurança mundial, de tempos em tempos concretamente abalada por surpreendente ato de terrorismo: lá está a multidão placidamente assistindo a uma prova esportiva e de repente poderosa bomba explode; caminhão, dirigido por um fanático qualquer, avança contra  desarmadas pessoas e mata dezenas delas; o show da cantora popular , que atrai milhares de adolescentes e gente muito jovem, de repente se transforma num vale de lágrimas, com corpos inertes e/ou sangrantes.

E então se faz  sempre a mesma pergunta: quem é capaz disso tudo? E a resposta se repete: jovens nascidos ou na França, ou na Inglaterra ou em qualquer outro lugar da Europa, que se consideram rejeitados ou perseguidos, deixam-se facilmente  atrair por enganadoras palavras proferidas em nome da religião de seus antepassados, ora transformada em braço armado e destruidor, em pleno desacordo com os preceitos de Alá e de seu profeta Maomé.

Qual será a continuação de tudo isso? A se levar em conta o que pregam seus líderes belicosos, o islamismo cada vez mais se afastará dos ideais pacíficos  que poderiam caracterizá-lo e se tornará permanente núcleo de guerra, desassossego e destruição.

Diferentemente dos europeus, cada vez com menos filhos, os islamitas os têm às dúzias: o resultado já não se faz esperar e dentro em breve serão eles maioria populacional em diversos países ocidentais.

Aliás, não é preciso ir longe para se saber dos arrasadores efeitos causados por populações que envelhecem a olhos vistos, exatamente por causa da limitação de filhos e da desagregação familiar. Leio algures que numa cidade francesa, um sacerdote católico, nomeado pároco, está em atividade há já quatro anos e até agora não batizou uma criança sequer! Ou seja, em sua comunidade não nasceu ninguém  nesse tempo todo! Enquanto isso, cada lar muçulmano tem três ou quatro novos membros. Daqui a dez ou vinte  anos, já se viu.

Aqui entre nós, o casal que já tem dois filhos, considera que já assume responsabilidades acima de suas forças.

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Fico sabendo pelo Francisco Braghetta, durante agradável almoço no domingo passado na ARPA (Associação Rio-Pardense de Professores Aposentados) que essa querida entidade de classe também está fadada a desaparecer a médio prazo. E por que isso, se ela cumpre tão bem o seu papel de agregar e assistir os docentes que se retiram do serviço ativo? Simplesmente porque com a municipalização do ensino básico, os professores que se aposentam preferem beneficiar-se das vantagens (aí incluídos planos de saúde) proporcionadas por órgãos do próprio município. É como diziam os romanos: Os tempos mudam e nós com eles.

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Inteligentíssima  página que a revista Veja está abrigando há algumas semanas, o humor do Sensacionalista faz lembrar, com mais finura, os bons tempos do Pasquim, publicação que no longo período ditatorial  servia de válvula de escape  a muita coisa que então não podia ser claramente expressa.

Preciosa a frase de duplo sentido que alguém inventou como definidora  da própria página: ISENTO DE VERDADE. Faço duas leituras disso:

1.  Isento de verdade quer dizer que quem ali escreve é sempre imparcial, é verdadeiramente capaz de sempre só dizer a verdade, nada mais do que a verdade.

2.  Isento de verdade quer dizer que quem ali escreve  se julga sem nenhum compromisso com a verdade. Escreve o que bem entender. Forte, não? Pelo que se lê na página, a segunda interpretação  é mais viável.

 

Pinço algumas frases do Sensacionalista:

- Presidiários gritam “Dentro Temer”

- Aécio pede para ser preso em Bangu para não sair do Rio

- Brasileiro teme ir ao banheiro e quando voltar estar na monarquia

- Sobe o som da gargalhada de Dilma ao saber das provas do JBS

- Desce a rampa, Michel Temer

- O PMDB exige explicações de ministros que não estavam na lista de Janot

- Luiz Inácio diz que ouviu falar de Lula em 2002 e depois nunca mais soube dele

- Moro diz não ter provas, apenas convicção, de que não tem desavença pessoal com Lula

- Perfil de Marisa Letícia: fundadora do PT, começou a carreira como metalúrgica. Liderou greves no ABC paulista. Presidente do Brasil por duas vezes, conseguiu indicar a sua sucessora.

 Se algum leitor chegar à triste conclusão de que não entendeu  quase nada do tal Sensacionalista, não se impressione com isso. Esse tipo de leitura põe à prova se as pessoas prestam de fato atenção ao que assistem, ao que leem.

 

27/05/2017
emelauria@uol.com.br

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